Ser voluntário ou apoiar uma associação animal em Portugal é um gesto lindo mas, para que esse apoio tenha impacto real, é importante perceber os desafios que estas organizações enfrentam todos os dias.
Alimentação: o custo que dispara
Tu já reparaste como tudo está mais caro? Pois as associações também. O aumento dos preços da ração, dos suplementos, dos medicamentos veterinários, da eletricidade e combustíveis transforma-se numa espiral de custos.
Um artigo do Público mostra que entre janeiro e setembro de 2024 os preços da ração para cães e gatos aumentaram 200%.
Quando os tutores já não conseguem arcar com essas despesas, muitos animais acabam entregues às associações, que ficam com ainda mais encargos.
Voluntariado: insuficiente, mas essencial!
Não faltam pessoas com vontade de ajudar mas frequentemente faltam pessoas disponíveis, capacitadas ou com condições para se comprometer.
A Animalife, por exemplo, destaca que precisa de voluntários para tarefas práticas: alimentar, passear animais, transporte, alojamento temporário.
Quando há poucos voluntários, as cargas recaem sobre poucos rostos, o desgaste é grande, e algumas associações têm mesmo de recusar pedidos de ajuda. Porque simplesmente não conseguem responder.
Espaço físico: lares cheios, instalações sobrecarregadas
As associações muitas vezes não têm espaço suficiente. Alguns abrigos estão cheios além do limite seguro, ou dependem fortemente de acolhimentos temporários em famílias, o que pode ser instável.
Finanças: recursos limitados, subsídios incertos
Este é talvez o maior nó. Muitas associações dependem quase exclusivamente de donativos particulares, campanhas pontuais e apoios comunitários. Os subsídios estatais ou municipais existem, mas são frequentemente insuficientes, desiguais, ou atrasados.
Também há casos de verbas previstas que não chegam a ser usadas ou que ficam “presas” em burocracias.
Abandono animal: causa e consequência de muitos problemas
O abandono é um dos efeitos mais visíveis desses problemas financeiros, logísticos e de voluntariado.
- Em 2024, os Centros de Recolha Oficiais (CRO) acolheram 42.718 animais abandonados.
- O aumento do custo de vida levou famílias que não conseguem suportar os cuidados básicos a entregar os animais ou abandonar.
- A provedora do Animal estima que manter animais resgatados por muitos anos, em gatis ou abrigos, custa mais ao Estado do que investir em medidas preventivas (como esterilização, campanhas de identificação, educação).
Como tu podes ajudar
Já vimos os problemas, mas agora o melhor: o que TU podes fazer para aliviar a carga dessas associações.
- Oferecer voluntariado: seja para alimentar, passear animais, acolher temporariamente, ajudar na logística.
- Doar bens: ração, medicamentos, redes de acolhimento, materiais de limpeza.
- Fazer donativos monetários: mesmo quantias pequenas ajudam muito, pois permitem que a associação compre exatamente o que for urgente.
- Apoiar campanhas de esterilização, identificação e adoção responsável.
- Divulgar: fala com amigos, partilha nas redes sociais, sensibiliza quem não está tão consciente.
Na MAD Panda acreditamos que cada ação conta. Se quiseres contribuir diretamente, ainda que com pouco, ajuda imenso.
É tão simples como fazer uma doação via MB WAY. O valor monetário será canalizado para apoiar as associações animais registadas, para alimentação e tudo o que ajuda a salvar vidas.